Colégio Osmário Batista lembrado como exemplo na formação de jovens

Lição nem feita
Ascom/Wagnevilton Ferreira

Aos 57 anos de fundado, o Colégio Municipal Osmário Batista (Cmob) se moderniza e apresenta resultados positivos para a educação formal em Canavieiras. Construído nas administrações dos prefeitos Osmário Batista e Licurgo Ramos, o colégio tinha o objetivo de ministrar o ensino secundário e grande parcela da juventude de Canavieiras deve parte de sua formação àquela escola.

Em janeiro deste ano, o Colégio Osmário Batista (Ceob) voltou à administração da Prefeitura de Canavieiras, através de convênio firmado entre o Município e o Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria Estadual da Educação. Pelos termos do convênio, alguns funcionários do Estado continuaram prestando serviço, juntamente com os servidores do Município.

Explica o diretor do Cmob, professor Rouflan Castro, que os números do colégio são grandiosos, a começar pela quantidade de profissionais lotados naquela instituição. “Atualmente contamos com um quadro de 74 profissionais, sendo um diretor, três coordenadores pedagógicos, 37 professores e 33 servidores das áreas da administração, dentre outros serviços”, afirma.

Esse grande contingente de profissionais é responsável pela formação de 786 alunos, que estudam nos dois turnos (matutino e vespertino), do 6º ao 9º ano. Também são mantidas quatro turmas do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA), doi 1º ao 4º ano,destinada àqueles que não tiveram acesso ou à continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

Para isso, o Cmob dispõe de 14 salas de aula ocupadas na parte da manhã e outras nove no período vespertino, que ainda dispõe de uma biblioteca e uma grande auditório. O colégio, conta, ainda, com uma quadra poliesportiva destinada à educação física e eventos esportivos. Completam a estrutura de apoio ao ensino, um laboratório de ciências, que se encontram em fase de renovação.

As artes musicais também são parte integrante do projeto pedagógico do colégio, que mantém uma fanfarra, integrada por um grupo de 50 alunos. Diante da demanda, o professor Rouflan de Castro informa que a fanfarra deverá ser ampliada em equipamentos musicais, pois hoje existe uma lista de espera com mais 124 alunos inscritos para participar da fanfarra.

Além do ensino das matérias formais, o Cmob também se preocupa com a formação dos cidadãos e para contribuir com isso promove uma série de eventos, como oficinas, palestras e debates. “Temos que nos preocupar em transmitir os valores sociais, enfatizando sobre a importância do meio ambiente, os riscos do uso de drogas, dentre outros temas importante para o desenvolvimento dos jovens”, ressalta Rouflan.

À noite, funciona no prédio do Cmob o ensino de terceiro grau, ministrado pela Faculdade de Desenvolvimento Humano de Canavieiras (Fadhuca), oferecendo, inicialmente os cursos de pedagogia e administração. “Assim que for crescendo a demanda, iremos ampliar a oferta de novos cursos, de acordo com a vocação de Canavieiras e cidades circunvizinhas”, informa o diretor da Fadhuca, professor Márcio Policarpo.

Nova concepção – O Colégio Estadual Osmário Batista (Ceob) sempre foi uma referência em educação junto à comunidade canavieirense. No período de 1958 a 1998 ofereceu o cursos técnico de Contabilidade e de 1958 a 2015, o curso Normal (antigo Magistério), que foram extintos, sem a implantação de cursos em outras áreas.

A partir de agora, segundo a secretária da Educação, Emília Cristina Santos, o Ceob oferece o Ensino Fundamental II nos turnos matutino e vespertino, e o Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Fundamental II e Ensino Médio – no período noturno. “A mudança na “correção de fluxo escolar”, que é o programa de aprovação dos alunos para a 5ª série e regularizar o fluxo escolar. Esses alunos foram transferidos do Noécia Cavalcante para o Ceob, a fim de corrigir a defasagem entre idade e série dos alunos”, explicou.

Segundo a secretária da Educação, a tendência é que o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) deixe de ser obrigação do Governo do Estado e, portanto, teria que se construir uma nova escola para atender essa demanda. “Muitas salas estavam desocupadas e a municipalização vem para suprir a carência de salas de aula e excesso de alunos em outras escolas, como o Noécia Cavalcante”, disse.